Com toda a certeza, já terá ouvido falar no sarampo: uma das doenças mais contagiosas do mundo e, por isso, também uma das mais conhecidas.
No entanto, o sarampo é hoje uma doença da infância considerada pouco perigosa. O seu contágio e a sua propagação pela comunidade estão controlados, principalmente devido à inclusão da vacina do sarampo no plano nacional de vacinação.
Mesmo assim, todo o cuidado é pouco.
Continue a ler para ficar a saber tudo o que precisa acerca do sarampo, incluindo medidas de prevenção e tratamento, bem como a diferença entre esta patologia e uma outra, bem conhecida.
O que é sarampo?
O sarampo é uma das infeções virais mais contagiosas que existem. O vírus que lhe dá origem é o morbilivirus e o ser-humano é o único hospedeiro capaz de o propagar.
Por outras palavras, o sarampo é uma doença que apenas afeta as pessoas. A infeção pode surgir em miúdos e graúdos, de todas as idades.
Contudo, a verdade é que o sarampo nas crianças tende a ser mais comum.
Em geral, a população adulta em Portugal encontra-se devidamente protegida ou imunizada, seja porque foram vacinados, ou porque sofreram da condição em criança.
No caso de ter dúvidas acerca da sua proteção contra o sarampo, não hesite: fale com o seu médico assistente ou contacte o serviço nacional de saúde.
Embora o sarampo infantil e até o sarampo em bebés possa ser considerada uma doença pouco perigosa, a verdade é que podem surgir complicações graves.
Por isso mesmo, devemos estar sempre atentos aos sinais e aos sintomas, para que possamos dar início ao tratamento. Ao mesmo tempo, devemos também ter algum cuidado, de modo a não propagarmos a doença e a não contagiarmos as pessoas que nos rodeiam.
O sarampo é contagioso?
Como vimos, o sarampo é muito contagioso. A transmissão do vírus é feita pelo contacto direto com as gotículas que possam ter sido expelidas pela boca ou pelo nariz de uma pessoa infetada.
Ou seja, quando alguém está infetado e tosse ou espirra, o vírus propaga-se pelo ar. Se uma pessoa não estiver devidamente protegida ou imunizada, o contacto direto com os “perdigotos” podem provocar o sarampo.
Lembra-se da Covid-19? A propagação do sarampo é muito parecida.
Como são também algumas das suas medidas de prevenção ou proteção: mantenha a distância social, utilize uma máscara protetora e lave frequentemente as mãos ou utilize gel desinfetante.
Em geral, o período de contágio mais preocupante estende-se desde a semana anterior ao aparecimento dos primeiros sintomas e até cerca de uma semana após o aparecimento das primeiras erupções cutâneas.
Sintomas do sarampo infantil
Tendo em conta o período de contágio descrito acima, torna-se então essencial que tomemos atenção aos principais sintomas do sarampo infantil. Os principais sinais e sintomas são:
- Febre;
- Congestão nasal;
- Irritação na garganta;
- Tosse;
- Vermelhidão nos olhos, parecida a uma conjuntivite.
Alguns dias após o aparecimento dos primeiros sintomas, começam então a surgir na boca umas pequenas manchas brancas que nem sempre são detetáveis.
Depois, o sarampo começa a provocar erupções na pele que podem causar uma comichão ligeira.
A zona das orelhas e do pescoço tende a ser a primeira zona do corpo na qual estas pequenas borbulhas começam a aparecer, espalhando-se em seguida para o resto do corpo.
No auge da infeção, todo o corpo se encontra afetado pelo sarampo. Existe um cansaço físico extremo e o aparecimento de febres altas a rondarem os 40ºC.
Mesmo assim, depois de três ou cinco dias, todos os sintomas começam a diminuir e as manchas do corpo que ainda se encontrem presentes desaparecem por completo.
Embora o sarampo seja raramente grave em crianças saudáveis, a verdade é que existe a possibilidade de algumas complicações, nomeadamente devido à presença de outras infeções, tais como a pneumonia ou infeções nos ouvidos.
Em casos mais raros, mas muito graves, é também possível que existam hematomas ou hemorragias, ou até uma encefalite.
Tratamento do sarampo
Depois de diagnosticada a condição, o tratamento do sarampo é baseado no alívio dos seus sintomas, até que os mesmos desapareçam cerca de três a quatro semanas depois de detetados os primeiros sinais da doença.
Ou seja, não existem medicamentos específicos que ataquem diretamente o vírus e tratem o sarampo.
Nesse sentido, deve controlar-se a febre e as dores musculares provocadas pelo vírus, de acordo com as recomendações e prescrições feitas pelo médico. Ao mesmo tempo, deve também ser feito um esforço, na medida do possível, para proporcionar o alívio e o conforto necessários.
Neste caso, é por isso que a prevenção é mesmo o melhor remédio.
Em Portugal, a vacina contra o sarampo é gratuita e está disponível para todas as pessoas.
Em crianças e bebés, a vacina deve ser administrada apenas a partir dos seis meses, salvo indicação contrária dada pelo médico.
De uma forma geral, recomenda-se que as crianças tomem duas doses da vacina contra o sarampo, antes dos 18 anos de idade.
O esquema de vacinação recomendado pelo serviço nacional de saúde indica ainda que a primeira dose desta vacina deve ser administrada aos 12 meses de idade do bebé e a segunda dose aos cinco anos.
Por último, lembre-se também que se ainda não tiver contraído o sarampo ou se não tiver a certeza de ter o esquema de vacinação completo, deve falar com o seu médico ou contactar o serviço nacional de saúde.
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