O descolamento ovular, hematoma subcoriónico, hematoma retroplacentário ou hematoma subamniótico, como também é commumente chamado, é a causa mais comum de hemorragia vaginal em pacientes com 10 a 20 semanas de gestação, constituindo 11% dos casos de hemorragia vaginal. A maioria das mulheres são assintomáticas, sendo apenas possível confirmar a condição através de ecografias.1

O primeiro descolamento ovular foi descrito em 1981.1

 

O que é o descolamento ovular?

O descolamento ovular com sangramento é o resultado da separação parcial das membranas corónicas da parede uterina. Este é mais comum de acontecer em gestantes entre as 10 e as 20 semanas de gravidez. Investigações apresentam que o descolamento ovular aumenta o risco de aborto e restrição do crescimento intra-uterino, mas não de parto prematuro.1-2

Este descolamento é dividido em hematoma subcoriónico, hematoma retroplacentário, e hematoma subamniótico, de acordo com a sua localização. O hematoma subcoriónico é relativamente mais comum do que os outros. A hemorragia é considerada pequena se for menos 20% do tamanho do saco amniótico, média se for entre 20-50%, e grande se for mais de 50-66% do tamanho do saco amniótico.3-4

 

Causas do descolamento ovular?

Apesar do descolamento ovular afetar parte das gestantes, não se sabe ao certo a causa do mesmo, acredita-se que a presença de uma malformação uterina, um historial de perda de gravidez recorrente ou infeções pélvicas, sejam possíveis fatores de risco.1

Descolamento Ovular | Bolas de Sabão

Sintomas do descolamento ovular

Este descolamento nem sempre é caracterizado por sintomas, quando é pequeno pode ser assintomático e só ser descoberto através de uma ecografia obstétrica. No entanto, nos descolamentos ovulares maiores é comum as gestantes sentirem dor abdominal, hemorragia vaginal ou corrimento, diminuição do movimento fetal e outros sintomas atípicos.3 

 

Tratamento para o descolamento ovular

Quando a gestante apresenta hemorragia vaginal, é necessário que sejam documentados os sintomas sentidos, de forma a ser feito um diagnóstico e tratamento correto. Se a hemorragia é constante, intermitente, acompanhada de dor ou contrações abdominais; qual o historial médico; e se existem doenças sexualmente transmissíveis associadas. Após ser discutido o quadro geral da gestante é iniciado o tratamento.1

O tratamento tem em consideração os diversos sintomas apontados, as patologias maternas, o período gestacional e a idade materna. Este deve ser iniciado rapidamente, de modo a não colocar em risco a saúde do bebé e materna.1

O tratamento pode passar por:1

  • Gestantes que apresentem hemorragia vaginal e são RhD negativas: receber imunoglobulina anti-D;
  • Suplementação de progesterona vaginal.

 


 

Referências:

1. Bondick, C. P., M Das, J., & Fertel, H. (2020). Subchorionic Hemorrhage (Subchorionic Hematoma). In StatPearls. StatPearls Publishing. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK559017/
2. Şükür, Y. E., Göç, G., Köse, O., Açmaz, G., Özmen, B., Atabekoğlu, C. S., Koç, A., & Söylemez, F. (2014). The effects of subchorionic hematoma on pregnancy outcome in patients with threatened abortion. Journal of the Turkish German Gynecology Association, 15(4), 239–242. https://doi.org/10.5152/jtgga.2014.14170
3. Liu, Y., Tong, A., & Qi, X. (2020). A large subchorionic hematoma in pregnancy. Medicine, 99(22), e20280.
4. Al., R. A. A. and R. et. (n.d.). Subchorionic hemorrhage. Radiopaedia.Org. Retrieved December 17, 2020, from https://images.radiopaedia.org/articles/subchorionic-haemorrhage-2?lang=gb

autor: Bolas de Sabão

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