É normal que muitos pais se assustem perante o termo meningite asséptica, especialmente quando aplicado a uma criança.

Naturalmente, é um receio perfeitamente compreensível. Afinal de contas, trata-se de uma doença do sistema nervoso central: afeta as membranas que cobrem o cérebro e a medula espinal (meninges), podendo ter efeitos negativos e gerar consequências bastante graves. 

Mas o que é a meningite asséptica? Tome nota de tudo o que precisa de saber para perceber melhor esta condição que pode afetar as crianças.

 

O que é a Meningite Asséptica?

Para compreender o que é a meningite asséptica importa saber a que se refere a meningite propriamente dita.

Ora, a meningite é um termo amplo que se refere à inflamação das meninges, a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal. 

Na meningite asséptica também existe uma inflamação das meninges, mas cuja origem é distinta de uma infeção bacteriana – normalmente, a doença ocorre por infeção viral.

À primeira vista, talvez lhe possa parecer semelhante, mas esta diferença é fundamental. É esta diferença que faz com que a meningite asséptica seja considerada “benigna” e autolimitada – um termo que descreve um processo limitado, específico, com princípio, meio e fim.
 

Além de um vírus, esta patologia pode ser desencadeada por outros motivos, nomeadamente medicamentos, algumas doenças que não sejam infeções ou outros micro-organismos. 


Mesmo assim, a infeção por vírus acaba por ser a origem mais frequente da meningite asséptica, razão pela qual também se lhe pode chamar meningite viral. 

meningite asséptica pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum em crianças com menos de 5 anos, podendo também surgir muitas vezes em pessoas cuja imunidade se apresente comprometida.

 

Meningite Asséptica (Viral) vs. Meningite Bacteriana

A meningite asséptica ou viral é o tipo de meningite mais comum. Como é autolimitada, tende a ser menos grave e a resolver-se com o tempo, sem a aplicação de um tratamento específico.

Embora mais rara, a meningite bacteriana é uma patologia muito mais grave que requer um diagnóstico e um tratamento precoces, de modo a evitar ou prevenir complicações mais graves no futuro, podendo mesmo ser fatal. 

 

Complicações Associadas à Meningite Asséptica

Na maioria dos casos, a meningite asséptica não dá origem a complicações de maior e tende a passar sem deixar qualquer tipo de sequelas. Nesse sentido, o prognóstico acaba por ser, normalmente, positivo, embora as meningites por alguns tipos de vírus possam ser menos favoráveis.

Contudo, importa sublinhar que a meningite asséptica pode ser uma doença recorrente ou mais grave em algumas crianças e que, por isso, devem estar sempre devidamente acompanhadas por um profissional de saúde.

 

Tempo de Incubação da Meningite Asséptica

O tempo de incubação desta condição é relativamente curto. Geralmente, situa-se entre as 2 a 3 horas, embora dependa da causa.

 

Sintomas da Meningite Asséptica

Os sintomas da meningite asséptica são muito parecidos aos evidenciados pela meningite bacteriana, com exceção de alguns sintomas tais como as convulsões ou alterações da consciência. 

Alguns dos sintomas mais comuns associados a esta patologia incluem:

  • Confusão mental;
  • Diarreia;
  • Dores de cabeça, por vezes intensas;
  • Dores de garganta;
  • Dores musculares;
  • Exantema;
  • Febre;
  • Irritabilidade;
  • Letargia;
  • Prostração;
  • Rigidez do pescoço e da nuca;
  • Síndrome tipo gripal;
  • Vómitos.

 

Causas da Meningite Asséptica

Como vimos, as causas da meningite asséptica estão, muitas vezes, associadas a diferentes tipos de infeções virais. Por entre os vírus que podem provocar a doença,  encontram-se os seguintes:

  • Arbovírus;
  • Enterovírus: Coxsackie, Echovirus;
  • Epstein-Barr;
  • Herpes simplex 1 e 2;
  • Gripe ou influenza comum (dos tipos A ou B);
  • Papeira;
  • Sarampo;
  • Varicela;
  • VIH.

 

Como é Feito o Diagnóstico da Meningite Asséptica?

Para fazer o diagnóstico da meningite asséptica é fundamental que consulte um profissional de saúde ou um médico especializado para o efeito. Em seguida, o mais certo é recomendarem-lhe a realização de alguns exames, nomeadamente: 


Análises

Análises

Normalmente é-lhe pedido que realize diferentes tipos de análises, incluindo às fezes, sangue ou urina – procedimentos comuns que permitem por vezes a identificação e a análise do vírus em causa. 


Punção Lombar

Punção Lombar

A realização de uma punção lombar permite a recolha e a análise de líquido cefalorraquidiano. Este é um procedimento comum para o diagnóstico desta doença e que permite diferenciar os tipos de meningite em causa, contribuindo para um diagnóstico efetivo da mesma. Deve ser realizado com médico com experiência, capaz de o fazer.


Como Tratar a Meningite Asséptica?

Geralmente, não é necessário internamento hospitalar para a recuperação da meningite asséptica, embora seja obrigatória a vigilância atenta do doente. 

Embora não exista uma vacina contra a meningite asséptica, nem se possa dizer que exista um tratamento específico, existem medicamentos que podem ser utilizados para assegurar o controlo da febre que com frequência existe. 

Além do recurso a antipiréticos, recomenda-se ainda o repouso de modo a acelerar o tratamento. Se o vírus for sensível a um determinado medicamento, deve este ser usado, sob supervisão médica

 

Como Prevenir a Meningite Asséptica?

A prevenção da meningite asséptica só é possível em alguns casos, nomeadamente naqueles em que existem ações de prevenção contra alguns vírus específicos como o sarampo, por exemplo.

Isto deve-se ao facto de esta ser uma condição provocada por diferentes tipos de vírus, o que torna impossível a toma de medida de prevenções contra todas as possibilidades que existem.

Por outras palavras, a melhor forma de prevenir a meningite asséptica é através da prevenção contra diferentes tipos de vírus, de acordo com o cumprimento do plano de vacinação nacional. 

 

A Meningite Asséptica é contagiosa?

Pode ser – de facto, o contágio pode acontecer, nomeadamente através do contacto com as fezes, saliva ou sangue do paciente.

Por isso mesmo, é importante consultar a sua equipa médica, de modo a dar aos mais pequenos os tratamentos e os cuidados necessários, mas também para receber todas as recomendações acerca do modo como pode prevenir o contágio.

autor: Bolas de Sabão

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