Desde sempre que o trabalho de parto é motivo para novas ansiedades e receios. Este é mesmo um dos momentos mais marcantes na vida de todas as mulheres.

Depois de nove meses, finalmente chegou a hora de entrar em trabalho de parto, de dar à luz e de ver nascer o seu bebé!

Mesmo assim, sabemos que o trabalho de parto é um momento exigente, tanto a nível físico como a nível psicológico e emocional.

Tal como cada gravidez é única, também o trabalho de parto difere de grávida para grávida. Desde os primeiros sintomas do trabalho de parto até ao nascimento do bebé, continue a ler para saber tudo acerca deste momento árduo, mas maravilhoso.

 

O que é o trabalho de parto?

Como o próprio nome indica, o trabalho de parto é mesmo o “trabalho” pelo qual a mulher passa para dar à luz – ou seja, é o esforço feito pelo corpo e necessário para o bebé nascer.

Trabalho, é mesmo a palavra certa. Durante várias horas, o trabalho de parto vai exigir bastante do corpo da mulher.

No caso de ser a primeira gravidez, o trabalho de parto pode demorar entre 12 a 18 horas. Contudo, depois do primeiro filho, o processo tende a ser mais rápido: entre as seis e as oito horas.

Embora a maioria das pessoas entenda o trabalho de parto como o momento em que a mãe se dirige até ao hospital, a verdade é que as coisas não são bem assim.

O início do trabalho de parto começa logo com os primeiros sinais que o corpo dá à mulher e que vão surgindo pouco a pouco – à medida que o tempo vai passando.

Por vezes, podem mesmo surgir até duas semanas antes do nascimento da criança!

Todas as mulheres grávidas podem começar a esperar pelo trabalho de parto, a partir da 36ª ou da 37ª semana de gravidez. Em bebés prematuros, isso pode ocorrer logo a partir das 20 semanas de gestação.

O que é que se sente?

 

Sintomas do trabalho de parto

As famosas contrações de gravidez são um dos primeiros sintomas do trabalho de parto. Mas não são necessariamente um sinal de que se deve dirigir de imediato para o hospital. 

A sensação é muito parecida à provocada pelas dores de cólicas sentidas durante a menstruação, embora com a duração de cerca de 30 segundos.

Quando as sentir, deve avisar o médico que a acompanha e seguir as suas recomendações.

O mais normal é as contrações de parto começarem com um intervalo de três horas entre si. Depois, o tempo entre contrações vai diminuindo e a mulher entra efetivamente em trabalho de parto quando sentir três contrações a cada 10 minutos ou quando apresentar uma dilatação do colo do útero de três centímetros.

É neste momento que se deve dirigir para o hospital uma vez que o bebé está prestes a nascer. Mesmo assim, não adie. Se tiver dúvidas, dirija-se ao hospital ou à maternidade mais próxima de si e tenha a certeza.

A par das contrações e da dilatação do colo do útero, existem ainda mais dois sintomas que podem indiciar o trabalho de parto. São eles:

  • A perda do rolhão mucoso;
  • O rompimento do saco amniótico (rebentar as águas).

O rolhão mucoso refere-se a uma barreira orgânica que protege o meio interno do útero de potenciais bactérias e ameaças do ambiente externo. 

A sua perda caracteriza-se pela saída de um muco amarelado e consistente, por vezes misturado com sangue, pela vagina. 

Também conhecido por “perda do tampão mucoso”, este é um sintoma do trabalho de parto que pode não ocorrer em todas as grávidas. No caso de lhe acontecer, deve também comunicar o sucedido à sua equipa médica.

O rompimento do saco amniótico – o “rebentar das águas” – é o último dos principais sintomas do trabalho de parto. 

O saco amniótico é composto por uma espécie de membrana que envolve e protege o bebé durante os nove meses de gestação. Quando se rompe – um processo natural – o líquido amniótico flui para fora através da vagina: rebentaram-lhe as águas.

Uma das razões pelas quais este é considerado um dos principais sintomas do trabalho de parto deve-se ao facto de o bebé poder vir a nascer ao longo das próximas 24 horas.

Por outras palavras, chegou o momento! Ao chegar ao hospital, o trabalho de parto vai dividir-se em três fases distintas.

Trabalho de Parto

Fases do trabalho de parto

Além dos sintomas partilhados acima, existem as dores nas costas e as dores nos rins que se vão acentuando e acompanhando todo o trabalho de parto.

A dor é, aliás, um dos motivos que mais causam nervosismo e ansiedade, tanto nas mães como nos pais.

A dor provocada pelo trabalho de parto faz parte do processo natural. Existem algumas técnicas que ajudam a amenizá-la e deve conversar com a sua equipa médica acerca dos métodos mais adequados ao seu caso. Não deve tomar analgésicos sem autorização médica, porque a maioria tem efeitos secundários para si e/ou para o bebé.

Mas para que compreenda melhor o processo do trabalho de parto, é importante conhecer os motivos pelos quais as dores se instalam.

As dores de parto ocorrem porque os músculos do corpo se contraem e distendem, de modo a ajudarem o bebé a nascer.

Ao fazer força, está a utilizar os músculos da região do abdómen e da região lombar, bem como os músculos da vagina e do ânus que contribuem para que o bebé consiga ter espaço e capacidade para sair. 

Do mesmo modo, os ossos da pélvis (a zona entre a cintura e as pernas) também se movem devido à pressão dos músculos, principalmente durante a última fase do trabalho de parto. A primeira fase do trabalho de parto dá-se início com os sinais de parto próximo.

 

1ª fase: Dilatação do colo do útero

A primeira fase do trabalho de parto é a fase em que começa a sentir as contrações e o colo do útero se começa a dilatar.

Nesta fase, existe algum desconforto embora considerado mínimo. Numa fase inicial do trabalho de parto, tem lugar uma dilatação do colo do útero de até três ou quatro centímetros.

É muito normal que existam questões acerca do tempo que falta para o bebé nascer, quando existe 1cm de dilatação ou 2cm, ou 3cm – etc. Embora esta seja uma pergunta legítima, a verdade é que não faz sentido preocupar-se com o tempo.

O trabalho de parto dura várias horas: pode durar seis, pode durar 10 horas e, por vezes, até pode demorar mais.

Este é um processo natural do corpo e, como tal, é um processo diferente de grávida para grávida. O número que importa conhecer são os 10cm de dilatação para que o parto ocorra.

Até lá, mantenha-se serena e siga as instruções dos médicos. Força!

A partir dos 4 cm de dilatação, é possível que comece a sentir a necessidade de fazer força e de empurrar o bebé, de modo a ajudá-lo a nascer. 

Procure evitá-lo: até aos 10 cm de dilatação necessários, vai gastar energias desnecessárias e a arriscar lesões no colo do útero. Guarde as suas forças para a segunda fase.

 

2ª fase: Expulsão do bebé

É durante a segunda fase do trabalho de parto que o bebé nasce. Depois de atingida a dilatação recomendada, a mulher faz força e ajuda a empurrar o bebé para fora.

Ainda que o trabalho de parto possa demorar várias horas, esta fase tende a demorar apenas cerca de duas horas. 

Em mamãs que já tenham passado por um primeiro trabalho de parto, pode mesmo durar apenas alguns minutos.

 

3ª fase: Expulsão da placenta

A terceira e última fase do trabalho de parto é a expulsão da placenta. Neste momento, já é mãe! Mas é ainda necessário garantir-se que a placenta é retirada, por uma questão de segurança e de modo a evitarem-se hemorragias e infeções.

O trabalho de parto é um episódio extremamente pessoal e único. Não existem dois nascimentos iguais. 

Por isso, deve sempre seguir as instruções da equipa médica que a acompanha num dos melhores momentos da sua vida: o nascimento do seu bebé.

Como correu o seu trabalho de parto? Que conselhos gostaria de partilhar com as futuras mamãs? Partilhe com a comunidade Bolas de Sabão!

autor: Bolas de Sabão

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