Assustadora e devastadora. A Síndrome da Morte Súbita do Latente ou a perda inesperada e repentina de um bebé aparentemente saudável, continua a deixar pais em sobressalto.Pavorosa e angustiante. 

Embora sem causa identificada, a morte súbita do bebé tem orientações médicas sobre os fatores de risco. Continue a ler para os conhecer!

 

O que é a Síndrome da Morte Súbita do Latente?

A Síndrome da Morte Súbita do Latente (SMSL), como o nome indica, é a morte repentina e sem explicação de um bebé, aparentemente saudável, durante o seu primeiro ano de vida. Esta síndrome da morte súbita do latente é também conhecida por “morte no berço”, já que a maioria das vezes acontece enquanto o bebé dorme.

 

Síndrome da Morte Súbita do bebé em Portugal

Em Portugal morrem 0,1/0,2 bebés por cada 1.000 nascimentos com a Síndrome da Morte Súbita do Latente, segundo dados da Sociedade Portuguesa de Pediatria. A maioria são bebés do sexo masculino, entre 1 a 4 meses de idade, que morrem nos meses de dezembro a março, em casa e durante o sono, sem sinais de qualquer tipo de sofrimento.

Embora os números sejam mais elevados no resto do mundo, é impossível ignorar o facto de que a Síndrome da Morte Súbita do Latente é uma das causas mais frequentes de morte no primeiro ano de vida em países desenvolvidos, com exceção feita ao período de recém-nascido.

 

Causas da morte súbita em bebés

As causas da morte súbita em bebés permanecem desconhecidas, mas há uma grande probabilidade desta fatalidade acontecer devido a um atraso no desenvolvimento do tronco cerebral do bebé, a área do sistema nervoso central que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

Assim, recém-nascidos e bebés mais propensos à Síndrome da Morte Súbita do Latente têm, supostamente, maior dificuldade em acordar quando estão com a oxigenação baixa ou com excesso de calor, por exemplo. 

Porém, as causas da síndrome da morte súbita em bebés não podem ser descobertas numa consulta de rotina no pediatra, até porque ainda não se descobriram ao certo os motivos.

Sabe-se, contudo, que a morte no berço acontece devido a uma combinação de fatores: se um bebé tiver deficiência anatómica no cérebro, anomalia no sistema imunológico ou irregularidade do batimento cardíaco (entre outros problemas) e for confrontado com um fator de risco, como dormir de barriga para baixo, tem mais probabilidade de morrer devido a SMSL.

Atualmente a conceção de Síndrome da Morte Súbita do Latente é a de um acidente que envolve vários aspetos: causas de predisposição individual, causas desencadeantes e causas favoráveis à morte súbita do recém-nascido ou bebé.

 

Causas de predisposição individual

As causas de predisposição individual para a Síndrome da Morte Súbita do Latente incluem fatores relacionados com a genética e desenvolvimento nos primeiros meses de vida e que podem afetar zonas do tronco cerebral responsáveis pelo controlo das funções vitais.

Síndrome da Morte Súbita do Latente

Causas desencadeantes

Nas causas que desencadeiam a síndrome da morte súbita em bebés entram as patologias habituais, tais como a infeção, o refluxo gastroesofágico ou a hipertermia.

 

Causas favoráveis

Nas causas favoráveis da SMSL estão os fatores relacionados com o ambiente e algumas práticas, sobre as quais vamos falar em detalhe já de seguida.

 

Como reduzir o risco de Síndrome da Morte Súbita do Latente

Como teve oportunidade de perceber, a imaturidade do sistema nervoso cerebral não basta para explicar a morte súbita nos bebés.

O mais provável é que a esta pré-disposição se juntem um ou mais fatores de risco da Síndrome da Morte Súbita do Latente, na medida em que estudos médicos identificaram pelo menos um fator de risco em 95% dos bebés que sofreram morte súbita e dois ou mais fatores de risco em 88% dos casos.

É por isso que deve seguir à risca as recomendações práticas para proteger o seu bebé durante o sono.

 

Coloque o bebé a dormir no seu quarto, mas em berço próprio!

Deitar o bebé entre a mãe e o pai? Por muito amorosa e tentadora que seja a ideia de “co-sleeping”, também é arriscada! Nos primeiros meses de vida convém deitar o bebé no seu quarto, onde o pode vigiar com mais frequência, mas sempre num berço próprio ao lado da sua cama para evitar a Síndrome da Morte Súbita do Latente.

Escolha um berço apropriado

É provável que o berço emprestado por uma amiga seja apropriado, mas na dúvida verifique porque, para evitar a morte súbita do recém-nascido, até aos 2 anos o seu filho deve dormir numa cama de grades não inclinada, sobre um colchão firme e bem-adaptado ao tamanho do berço, de forma que não fique qualquer espaço livre entre o colchão e as grades.

 

Deite o bebé de barriga para cima

Está na hora de um soninho reparador? Deite o bebé de barriga para cima na posição de decúbito dorsal até 1 ano de idade porque o risco de síndrome da morte súbita infantil aumenta quando ele fica a dormir de lado ou de barriga para baixo. 

 

Verifique se os pés do bebé tocam no fundo do berço

Cabeça na cabeceira? Nem pensar! Ao contrário dos adultos e das crianças mais velhas, os bebés com poucos meses de idade devem ser deitados com os pés no fundo do berço, independentemente do espaço que ficar livre, porque assim não correm o risco de escorregar para debaixo dos lençóis ou cobertores… e sofrer de Síndrome da Morte Súbita do Latente!

 

Deixe a cabeça destapada

Faz frio? Mesmo assim a roupa de cama não deve cobrir o bebé acima da linha dos ombros. É preferível agasalhá-lo com várias camadas de roupa ou usar um saco de dormir próprio para bebés do que roupa de cama que possa cobrir o rosto. E quanto à utilização de gorros para dormir, só é recomendada nas primeiras horas após o nascimento!

 

Zele por um ambiente seguro 

Já sabe como e onde deitar o seu bebé? Perfeito, mas agora confirme se o quarto está na temperatura ideal (entre 18 e 21ºC) e veja se não deixou objetos, brinquedos, peluches, almofadas ou cobertores soltos no berço.

 

Não fume nem deixe ninguém fumar perto do bebé

O fumo também aumenta o risco de morte súbita do bebé? Sem dúvida. Por isso, procure evitar fumar perto do mais pequenos e, se necessário, procure um programa de cessação tabágica, de preferência antes de engravidar (os medicamentos para a cessação tabágica não devem ser tomados durante a gravidez).

 

Amamente o seu bebé

Por fim, a amamentação até 1 ano de idade e o uso de chupeta também foram descritos como fatores que tendem a evitar a Síndrome da Morte Súbita do Latente.

autor: Bolas de Sabão

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