A disfunção da sínfise púbica, mais conhecida como pubalgia na gravidez, carateriza-se por uma dor na púbis que surge normalmente a partir dos 6 meses de gravidez, devido ao aumento do peso do bebé, o qual começa a sobrecarregar a pélvis.
Como consequência, a grávida pode começar a sentir dor na púbis em ações simples do dia a dia, como vestir collants, sair do carro, subir escadas ou virar-se na cama.
No entanto, fique tranquila, pois a pubalgia na gravidez pode ser aliviada com repouso e tendo alguns cuidados. Saiba quais!
O que é a Pubalgia na Gravidez?
Para perceber um pouco melhor o que acontece na pubalgia na gravidez, é preciso saber como é formada a cintura pélvica. Esta cintura é composta por 3 ossos (um atrás e dois à frente), os quais estão unidos por ligamentos.
Durante a gestação, é natural que a atividade hormonal provoque o relaxamento desses ligamentos pélvicos, de modo a ser possível a passagem do bebé pelo canal de parto, no final da gravidez.
Deste modo, à medida que a gestação evolui, é natural que estes ligamentos fiquem cada vez mais distendidos, podendo por vezes ocorrer mesmo o deslocamento da pélvis. É neste contexto que surge a pubalgia na gravidez.
Causas da Pubalgia na Gravidez
A pubalgia na gravidez tem, geralmente, origem numa metástase da sínfise púbica.
Este é o nome de uma articulação que une dois ossos que se localizam na parte inferior do osso ilíaco e que dá origem à pubalgia na gravidez.
Ou seja, é nesta região que se manifesta a dor púbica da pubalgia na gravidez, a qual se pode refletir na zona dos músculos abdutores da coxa e na parte interna da perna.
Conhecida a origem do problema, há fatores que contribuem para causar a pubalgia na gravidez, como é o caso de:
- Mudanças de postura da grávida, devido à passagem do eixo corporal para a frente e a transformações no seu corpo;
- Aumento do peso do bebé;
- Efeitos hormonais, especialmente com o aumento dos níveis de progesterona, o que torna as articulações mais flexíveis.
Sintomas de Pubalgia na Gravidez
Antes de mais, importa dizer que a pubalgia na gravidez não representa qualquer tipo de perigo, nem para a mãe, nem para o bebé, sendo um desconforto que, normalmente, desaparece assim que o bebé nasce.
Como já explicámos, na pubalgia na gravidez, o principal sintoma é a dor púbica, sendo que este desconforto pode também fazer-se sentir em outras regiões do corpo, como a parte superior das coxas e o períneo.
Assim, a pubalgia na gravidez manifesta-se essencialmente através de:
- Dor na púbis e/ou na parte inferior das costas;
- Sensação de deslocamento da pélvis;
- Dificuldade em realizar atividades como caminhar, praticar atividade física, subir escadas, vestir-se, entrar para o carro, mudar de posição na cama, pegar em objetos pesados,...
Exercícios para a Pubalgia na Gravidez
Apesar da pubalgia na gravidez ser uma situação normal, benigna e passageira, o seu desconforto pode afetar negativamente a qualidade de vida da gestante e, por isso, há algumas medidas que podem ser adotadas para minimizar esse incómodo.
Entre as medidas para minimizar a pubalgia na gravidez estão, por exemplo:
- Usar uma cinta de apoio pélvico, de modo a ajudar no suporte do peso do bebé sobre a zona pélvica;
- Manter as pernas simétricas e paralelas;
- Sair do carro retirando, simultaneamente, as duas pernas;
- Evitar estar muito tempo em pé, como a passar a ferro, por exemplo;
- Tentar dividir o peso entre as duas articulações, não forçando mais uma das pernas;
- Dormir com uma almofada entre as pernas;
- Recorrer a terapias como a osteopatia ou fazer atividades físicas dentro de água;
- Levantar-se, principalmente da cama, de forma lenta e vagarosa;
- Sentar-se sempre que queira vestir collants ou calças;
- Repousar, sempre que seja possível.
Outro recurso muito útil para combater a pubalgia na gravidez são os exercícios de Kegel e as inclinações pélvicas, pois são exercícios que ajudam a fortalecer os músculos da bacia, atenuando deste modo o desconforto e a dor púbica proveniente da pubalgia na gravidez.
Além disso, estes exercícios ajudam ainda a fortalecer os músculos pélvicos, responsáveis por controlar o fluxo de urina e a contração da vagina e do esfíncter anal, o que também é muito útil para todas as mamãs, quer antes, quer depois do parto.
Isto, porque ao tonificar os músculos pélvicos está a contribuir para prevenir uma episiotomia (laceração na área genital que “facilita” a expulsão do bebé) e a incontinência urinária, mais comum na fase final da gestação e no período pós-parto.
Estes exercícios para a pubalgia na gravidez mas não só, são muito fáceis de pôr em prática, devendo ser feitos em 5 minutos, cerca de 3 vezes por dia, respeitando o seguinte passo a passo:
- Contraia os músculos vaginais e do ânus, como se estivesse a impedir a saída da urina;
- Conte até 5, enquanto continua a contrair os músculos referidos;
- Depois, comece a relaxar lentamente esses músculos;
- Repita esta sequência 10 vezes.
Finalmente, em caso de dor púbica aguda e severa, pode pedir ao seu médico que lhe prescreva um analgésico.
Portanto, se está neste momento grávida, sobretudo no segundo ou terceiro trimestre de gestação, siga as nossas recomendações para prevenir ou aliviar os sintomas de pubalgia na gravidez e usufrua ao máximo do seu estado de graça!
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